Ninguém sabe porque elas começam, nem quem as contam pela primeira vez, mas o fato é que lendas simplesmente surgem e vão passando de boca-em-boca, especialmente se forem sinistras. No Brasil, como você já deve ter escutado por aí, existem muitos casos como esses, que tratam sobre as mais variadas espécies de histórias, capazes de dar arrepios, mesmo quando se sabe que não é verdade.Conheça, abaixo, alguma dessas lendas urbanas que tiraram o sono das crianças, preocuparam os adultos durante um tempo e que, no final das contas, jamais foram completamente explicadas:
1- Opala preto
Ubiratã Carlos de Jesus Chavez era um dos mais conhecidos bandidos do Rio de Janeiro, em 1974. Em uma fuga, depois de ter roubado um Opala SS, Carlão da Baixada — como era conhecido — entrou no Túnel Rebouças, onde acabou batendo em um Fusca, no qual uma família voltava de um aniversário. Ninguém sobreviveu. Passados alguns anos, a lenda se criou. O Opala preto perseguia os carros que atravessassem o túnel de madrugada. Se o motorista lembrasse da tragédia e rezasse pelas almas das pessoas que morreram na batida, o carro-assombração começava a perder velocidade até sumir. Caso contrário, o Opala vinha em sua direção, cada vez mais rápido, até causar um acidente.
2- Loira de Caeté
A lenda conta a história de uma mulher que teria sofrido um acidente de carro na perigosa estrada que liga a BR-381 à cidade de Caeté, em Minas Gerais, e morrido, juntamente com o filho. O fantasma da “loira” vai, então, à beira da estrada em busca de uma carona que a leve à cidade para buscar ajuda. Os que não param seus veículos para socorrê-la, ao olhar pelo retrovisor no decorrer da viagem, a verão sentada no banco traseiro, de onde desaparecerá em seguida.
3- Carruagem de Ana Jansen
A lenda da carruagem de Ana Jansen trata de uma mulher muito rica que se instalou com a família em São Luís do Maranhão e, que, por maltratar seus escravos, teria sido condenada a vagar perpetuamente pelas ruas da cidade numa carruagem assombrada. O carruagem maldita parte do cemitério do Gavião, em noites de quinta para sexta-feira, e ai de quem encontrá-lo pelo caminho. Um escravo sem cabeça conduz a carruagem, puxada por cavalos também decapitados.
4- Teresa Bicuda
Teresa Bicuda era uma moça de lábios grossos que lhe valeram o apelido. Morava em Jaraguá, no Larguinho de Santana. Pessoa de maus bofes, tratava a mãe de forma absolutamente cruel: botava a velha para mendigar nas ruas, batia nela, humilhava. Um dia, chegou ao extremo da maldade e, diz o povo, colocou um freio de cavalo na bocada genitora, montou, e nela andou montada à frente de todo o povo.
Aquilo foi demais: a pobre mulher morreu mas, antes, excomungou a filha desnaturada. Teresa Bicuda, que já era psicopata, finalmente, ficou maluca de vez: deu de beber e vagava pelas ruas gritando todo tipo de sandices até que morreu e foi enterrada no cemitério. Perturbada em vida, virou fantasma atormentado e tormentoso na morte.
Alma penada, seu espírito vagava pelas ruas e gritando do mesmo jeito, como no dia em que cavalgara a própria mãe; os lamentos da vítima também eram ouvidos. Desenterraram seu corpo e sepultaram atrás da Igreja do Rosário. De nada adiantou a providência: o fantasma continuava com seus escândalos. Mais uma vez, trocaram-na de cova, desta vez, foi para a cabeceira de um córrego onde puseram uma cruz e desde então o lugar ficou mal assombrado, o córrego da Teresa Bicuda.
5- Seringa contaminada
A lenda diz que um rapaz entrou em um cinema e, ao sentar-se, sentiu uma espetada. Quando passou a mão na cadeira, achou uma agulha e um bilhete que dizia: “Bem vindo ao mundo real, agora você também faz parte do mundo do soro-positivo”. O rapaz, desesperado, fez os testes e realmente foi confirmada que ele tinha o vírus HIV, a agulha estava contaminada. Essa lenda urbana sempre reaparece de tempos em tempos e tem versões em diversos países.