A classificação para denominar um assassino como serial é a frequência de um modus operandi constante, ou seja, sempre existirá algum tipo de ritual – seja ele antes, durante ou depois dos crimes – que fará possível a identificação do assassino.
No Brasil, existiram várias pessoas assim, mas que muitas vezes acabam perdidas no tempo. Pra mostrar que nosso país é tão demente quanto qualquer outro, confira aqui 5 assassinos em série que já aterrorizaram a população brasileira:
1) O Linguiceiro da Rua do Arvoredo
José Ramos produzia linguiças caseiras com sua mulher, Catarina, e na década de 1860 era popular em toda Porto Alegre por seus deliciosos embutidos artesanais.
Por trás da aparência de bom moço, dos costumes de cavalheiro e das conversas sobre arte, todavia, ele e sua mulher eram reais caçadores de gente.
Catarina seduzia e levava viajantes para a casa do casal, prometendo uma boa janta e uma cama quente. A última boa noite das vítimas, já que, com o auxílio do colega de profissão, Carlos Claussner, José retalhava, moía e fatiava cadáveres para vender. Nem o próprio Claussner, inclusive, conseguiu evitar de virar picadinho: depois de uma briga, José também transformou-o em sanduíche.
Em 1894 veio a descoberta, que assombrou mais de 20 mil pessoas que já haviam comprado carne no açougue. Ele foi condenado à prisão para o resto da vida, e sua mulher para o hospício. É considerado um dos primeiros serial killers brasileiros.
2) Preto Amaral
Escravo até os 17 anos, o apelido desse serial killer mostra o contexto racista no qual ele vivia. Um dos muitos brasileiros que, libertos, não conseguiam integrar a sociedade burguesa e nem tampouco trabalhar, entrando para o exército.
Virou tenente na Guerra de Canudos, entrou para a polícia. Logo percebeu como a lei funciona e tentou desertar, mas foi pego e preso.
Depois de livre, foi para São Paulo, mas logo voltou à cadeia, indiciado por estrangulamento e estupro de três pessoas, duas delas menores.
A mais velha tinha 27 anos, a segunda 10 e a terceira 15. Fora a falta de piedade com as jovens, praticamente crianças, Amaral arrancou os braços da mais nova. Foi pego porque um engraxate de 9 anos conseguiu fugir e o delatou. Sob tortura, Amaral confessou tudo com detalhes, e 5 meses depois foi “encontrado morto” em sua cela de prisão.
3)O Filho da Luz
Esse estranho apelido, que provavelmente deriva do significado literal do nome “Lúcifer”, era o título de Febrônio Índio, que acreditava lutar contra o demônio.
Atraía vítimas prometendo empregos, levando-as à Ilha do Ribeiro, estuprando e matando-as sufocadas. Eram todos homens ou crianças, e o odioso assassino acabou por morrer em um manicômio, aos 89 anos. Em todas suas vítimas, o “Filho da Luz” tatuava o número DCVXVI.
3)O Monstro do Morumbi
Entre os anos 60 e 70, várias mulheres foram encontradas nuas, com pés e mãos amarrados com pedaços das próprias roupas. Ouvidos, nariz e boca sempre estufados com jornal amassado, sustentados por mordaças. Marcas de enforcamento.
Esse assustador cenário era obra de José Paes Bezerra, o “Monstro do Morumbi”. Era casado e costumava presentear sua esposa com uma das peças de roupa das vítimas, o que, após algum tempo, ultrapassou os limites da pobre mulher e fez com que ela o denunciasse à polícia.
Mas o Monstro ainda fugiu para o Pará, onde matou três mulheres antes de ser preso. As características eram provavelmente traumáticas, já que a mãe de Bezerra era prostituta, e o levava aos programas junto. As vítimas, por sua vez, tinham semelhança com as características da mãe.
Apesar de ter assumido a morte de 24 mulheres, o Monstro só foi condenado por 4 mortes, e hoje está em local desconhecido – já que foi solto em 2001.
4)Maníaco do Parque
Esse famoso motoboy atraía as vítimas com promessas de um ensaio fotográfico, sempre para jovens mulheres querendo ser modelo. Então as levava para o Parque do Estado, entre SP e Diadema, e estuprava, estrangulava e abandonava os corpos no local. Geralmente usava cadarços ou cordinhas para o feito.
Deixou várias de suas vítimas escaparem, 5 das 14, o que facilitou os retratos falados e fez com que fosse pego no Rio Grande do Sul, onde tentava se esconder. De acordo com o Maníaco, a causa para os crimes eram uma tia e um patrão que haviam o molestado, criando um “lado ruim que ele não conseguia controlar”.