Apenas nessa pequena frase “salvar o mundo”, nossa cabeça já é bombardeada por centenas de nomes. Como por exemplo, o Superman, que salva o mundo praticamente toda a semana; E o que seria da nossa espécie sem o Batman, o herói mais sombrio e todos os tempos? A humanidade é tão frágil, não é mesmo? Estão na lista dos nossos salvadores Power Rangers, Goku, Homem de Ferro e até as Meninas Super Poderosas. Tudo isso pra manter o nosso planeta intacto.
Agora saindo da fantasia e voltando pro mundo real, é possível encontrar heróis que também tiveram a sua contribuição para que tudo fosse mantido nos conformes por aqui. Sem super poderes, naves, megazords ou alienígenas. Encontramos alguns desses super heróis da vida real e separamos uma lista cheia de feitos heroicos, confere aí:
1 – Stanislav Petrov Yevgrafovich impediu uma guerra nuclear entre os EUA e a URSS
Imagine, em um belo dia, você na sua rotina normal de coronel das Forças de Defesa Aéreas Soviétivcas, quando de repente o sistema de alerta nuclear dispara e informa que os EUA lançaram um míssil que está vindo em sua direção. A maioria das pessoas iriam rapidamente avisar o seus superiores e procuraria um abrigo seguro, outra minoria correria chorando. Porém, Stanislav não se encaixou em nenhuma das categorias.
O coronel manteve a cabeça no lugar quando precisou passar por uma situação similar a essa, em 1983. Detectando que o aviso não passava de um alarme falso usado pelos norte-americanos para culpar os soviéticos por supostamente “iniciarem” a guerra.
Esse pequeno gesto de Stanislav provavelmente evitou que uma guerra nuclear fosse iniciada por conta dos EUA, fazendo do nosso planeta um lugar vazio. O coronel foi tão heroico em seu ato que ganhou um filme baseado em sua história, chamado: “The man who saved the World”.
2 – Vasili Alexandrovich Arkhipov impediu que a Crise dos Mísseis de Cuba começasse uma guerra
Durante o longo período em que União Soviética e Estados Unidos apenas esperavam que alguém atacasse primeiro – período denominado de Guerra Fria – pessoas como Stanislav desempenharam papeis muito importantes, o de apaziguar e agir com a cabeça. Assim aconteceu também com Vasili Alexandrovich.
Em 1962 um submarino soviético foi descoberto em águas norte-americanas e rodeado por vários destróieres da Marinha e porta-aviões que estavam prontos para iniciar um ataque caso o submarino não retornasse a superfície e se identificasse.
Como o submarino estava em uma profundidade grande demais para que pudesse ser avisado via rádio, os norte-americanos começaram a jogar cartuchos do exército na direção do submarino para chamar-lhes a atenção. Porém, como a embarcação estava em águas muito escuras não foi possível identificar de imediato o que estava acontecendo, se era apenas um aviso ou se a Guerra teria começado.
Em meio a esse dilema o comandante do submarino, Valentin Grigorievitch estava convencido de que sua tripulação estava sendo atacada e que queria dar início a batalha lançando torpedos nucleares contra os norte-americanos. Contudo, o protocolo dizia que era preciso que 3 tripulantes a bordo do submarino concordassem com o ataque. Enquanto o capitão e o diretor da tripulação concordaram, Arkhipov era contra o ataque e manteve sua decisão, obrigando a embarcação a subir até a superfície e aguardar ordens de Moscou. Com isso, conseguiu evitar mais uma vez a guerra nuclear fosse iniciada. Em 2002, o diretor da NSA (Arquivo de Segurança Nacional dos EUA) agradeceu Arkhipov publicamente com a frase “Um cara chamado Vasili Arkhipov salvou o mundo”.
3 – James Blunt evitou uma guerra entre a Rússia e a OTAN
Em 2005, o hit do momento era “You’re Beautiful”, interpretada pelo famoso músico James Blunt, porém, em 1999 não era bem assim, Blunt era apenas um soldado britânico, e como a maioria dos homens que desempenharam esse papel, se deparou com um grande problema.
Blunt se viu obrigado a pousar em um campo dominado pelos russos. Logo que seus superiores avistaram o problema ele foi instruído a dominar os soldados inimigos. Contudo, o atual cantor se recusou, sabendo que aquilo poderia desencadear um conflito muito pior entre as forças da OTAN e os russos. Após tomar a decisão Blunt teve apoio de seu comandante que confirmou o movimento e afirmou na época que os seus soldados não seriam “os responsáveis por iniciar a Terceira Guerra Mundial”.
4 – Jonas Salk parou a poliomielite
Salk salvou a população em 1952 do que poderia ter se tornado um massacre pior do que a Peste Negra. Somente nos EUA 3.145 pessoas morreram da pólio, enquanto outras 21.269 sofriam com as consequências da doença. Foi a época em que mais houveram crianças paralisadas pelo vírus.
Após ser contratado para fazer pesquisas sobre o vírus, felizmente, Jonas não se contentou com os resultados que obteve e decidiu ir em busca da cura da doença, o que, inclusive, não foi nada fácil, o médico precisou da ajuda de mais de 20 mil médicos e 1,8 milhões de crianças para serem vacinadas com a sua invenção, até conseguirem chegar a um resultado final.
Quando foi anunciado o sucesso da vacina, países de todo mundo foram atrás de Salk para começar a aplicação nas crianças. Hoje em dia, a poliomielite está praticamente erradicada, assim como a varíola. O que surpreende nessa história além da descoberta da cura para a doença foi a recusa do médico em patentear a vacina, fazendo assim, com que ele não obtivesse nenhum lucro com a descoberta. Por isso, além de Salk ser o responsável pela cura do vírus, ele é responsável também pelo preço acessível que salvou milhões de pessoas.
A revista “Forbes” estima que Salk poderia facilmente ter ganho 7 bilhões de dólares com a sua criação.
5. Henrietta Lacks proporcionou uma revolução na medicina com suas células
Após um sangramento que já durava vários dias, Henrietta foi até o médico buscar respostas para o seu problema, chegando ao hospital John Hopkins, em Baltimore, EUA, ela descobriu que tinha câncer de colo do útero.
Lacks então voltou ao hospital regularmente para tratamentos e, sem sua permissão – o que era comum na época – retiraram duas amostras de suas células, uma saudável e a outra cancerosa. As células cancerosas da pacientes se destacaram pois podiam ser mantidas vivas, cresciam e se multiplicavam, enquanto as células da maioria das pessoas morriam em poucos dias.
Henrietta morreu em 1951, porém, suas células apelidadas de “células HeLa”, já são mais de 20 toneladas pelo mundo, contribuindo para uma série de avanços médicos, incluindo a vacina contra a poliomielite de Salk, a pesquisa de clonagem, o mapeamento de genes, a exposição à radiação e muito mais. Tratamentos de câncer e AIDS foram testados nas células, assim como produtos cosméticos, colas, fitas etc.
Infelizmente, apesar de 11 mil patentes terem se beneficiado do uso de suas células, sua família nunca recebeu uma compensação ou um pedido de desculpas pelas células que foram tiradas de Henrietta sem seu consentimento.